Atrizes: Lillian Gish

A importância de Lillian Gish na construção da linguagem cinematográfica e a sua contribuição à natureza da interpretação não podem ser analisados sem antes mergulhar na história do próprio cinema americano. Desde os primórdios da atividade cinematográfica como arte e indústria ainda em formação, até 1987, ano em que ela atuou em um filme para a tela grande pela última vez, o nome de Lillian Gish não só deve ser referenciado como uma das pioneiras do cinema, como a sua contribuição ao cinema se torna ainda mais fundamental, a despeito de tantos outros talentos femininos que somados ajudaram a dar um sentido para a arte da atuação e definiram a maneira como o ator deveria agir diante da câmera. Não é por acaso que ela é conhecida como A Primeira Dama do Cinema Americano.

Lillian Gish é considerada a primeira verdadeira atriz da indústria cinematográfica. Pioneira das técnicas fundamentais de atuação no cinema, ela foi a primeira estrela a reconhecer as muitas diferenças cruciais entre atuar para o palco e atuar para a tela, e enquanto seus contemporâneos pintavam suas performances em traços amplos e dramáticos, Lillian Gish entregava reviravoltas finamente gravadas e matizadas, carregando um impacto emocional impressionante. Embora não seja a maior ou mais popular atriz da era do cinema mudo, ela era a mais talentosa, sua aparente fragilidade mascarando reservas incomparáveis ​​de força física e espiritual. Mais do que qualquer outra estrela inicial, ela lutou para ganhar o reconhecimento do cinema como uma verdadeira forma de arte, e suas realizações continuam sendo o padrão pelo qual todos os outros atores são medidos. – All Movie.

Juventude e a estreia nos filmes

Lillian Gish nasceu em 14 de outubro de 1893 em Ohio, e Dorothy, sua irmã mais nova, em 11 de março de 1898. Seu pai, James Leigh Gish, um caixeiro-viajante, tornou-se alcoólatra e abandonou a família quando as meninas eram pequenas. Mary Robinson McConnell, a mãe, mudou-se com as filhas para Illinois, onde viveu alguns anos com a tia e o tio de Lillian e Dorothy, Henry e Rose McConnell, e trabalhou duro para sustentar as meninas, encontrando biscates e abrindo uma loja de doces ao lado de um grande cinema. Lillian e Dorothy ajudavam a mãe a vender doces e pipocas para os frequentadores do cinema. Um amigo sugeriu que Mary buscasse trabalho no ramo da atuação para conseguir uma renda extra, e foi justamente essa incursão que levou suas filhas a aparecerem no palco, geralmente interpretando tipos de “criança inocente” em vários melodramas. O amor e a união entre mãe e filhas não apenas garantiu que elas sobrevivessem às adversidades, mas servia de refúgio para as durezas e inconstâncias do show business.

Mary Robinson McConnell (Mary Gish) carrega sua filha Dorothy Gish e segura sua filha mais velha Lillian Gish pela mão na frente do cenário teatral, c. 1900. Foto: Wikipedia.

Lillian Gish fez sua estreia nos palcos em 1902, na The Little Red School House em Ohio. De 1903 a 1904, ela excursionou em Her First False Step, com sua mãe e Dorothy. No ano seguinte, ela dançou com uma produção de Sarah Bernhardt em Nova York. Quando as irmãs chegaram à adolescência, os modelos de atuação começaram a se definir: A pensativa e determinada Lillian estava encontrando um nicho em papéis dramáticos, enquanto a borbulhante e travessa Dorothy era uma escolha natural para a comédia.

As irmãs Lillian e Dorothy Gish.

Em 1910, as irmãs receberam a notícia de que o pai delas estava internado em um hospital em Oklahoma. Lillian tinha 17 anos e viajou sozinha para reencontrar o pai, ficando durante algum tempo morando na casa de seus tios Maude e Alfred Grant Gish. Quando James Gish faleceu em 1912, Lillian já havia retornado para Ohio. Quando o cinema ao lado da loja de doces pegou fogo, Mary mudou-se com as filhas para Nova York, onde continuaram a carreira nos palcos. Foi nessa época que as meninas se tornaram muito amigas de uma vizinha chamada Gladys Smith. Gladys tinha sido uma atriz infantil que atuou em filmes para o lendário diretor D.W. Griffith, e mais tarde assumiria o nome artístico de Mary Pickford.

Da esquerda para a direita: Mildred Harris Chaplin, Mary Pickford, Lillian Gish e Dorothy Gish.

Gladys recomendou que as irmãs procurassem trabalho nos filmes. Ela explicou que era um trabalho estável e bem pago, e apresentou Lillian e Dorothy a Griffith, ajudando-as a conseguir um contrato com a Biograph Studios. Lillian tinha 19 anos na época, mas mentiu para os chefes do estúdio dizendo que tinha 16 anos. Após 10 anos atuando no palco, Lillian fez sua estreia no cinema ao lado de Dorothy no curta-metragem de Griffith An Unseen Enemy (1912), interpretando duas irmãs ameaçadas por uma governanta que está tentando colocar as mãos no dinheiro de seu falecido pai.

Lillian e Dorothy Gish em An Unseen Enemy, de 1912, a estreia das irmãs Gish no cinema.

Na época, os atores tradicionais consideravam os filmes como uma forma bastante básica de entretenimento, mas Lillian tinha certeza de que valeria a pena investir seus esforços e talentos na indústria cinematográfica, embora ela tenha prosseguido com sua carreira no palco. Em 1913, durante uma série de A Good Little Devil, ela desmaiou de anemia. Lillian levou ao extremo sua dedicação pela profissão de atriz em uma carreira cinematográfica que se tornou mais do que uma forma de arte, uma quase obsessão.

Lembro-me de um dia no início do verão, atravessando o velho corredor sombrio do Biograph Studio, quando de repente toda a tristeza pareceu desaparecer. Essa mudança na atmosfera foi causada pela presença de duas jovens sentadas lado a lado em um banco do corredor. Elas eram loiras e estavam sentadas carinhosamente juntas… Elas eram Lillian e Dorothy Gish . Lillian tinha uma beleza etérea requintada… Quanto a Dorothy, ela era igualmente bonita de outra maneira; uma beleza atrevida – a velha travessura parecia sair dela…” D.W. Griffith.

O diretor D.W. Griffith, e os atores Richard Barthelmess e Lillian Gish ao centro, com Burr McIntosh e Lowell Sherman ao fundo, em Way Down East, de 1920.

Griffith ficou muito impressionado com os talentos das irmãs Gish, especialmente a etérea Lillian, e cuidadosamente as ajudou a desenvolver suas habilidades. Uma das imagens duradouras dos anos de cinema mudo em que Lillian tem uma presença magnânima é o clímax do melodramático Way Down East, em que sua personagem flutua inconsciente em um bloco de gelo em direção a uma cachoeira furiosa, seus longos cabelos e mão arrastando na água. Seu desempenho nessas condições frígidas deu-lhe danos duradouros nos nervos em vários dedos. Da mesma forma, ao se preparar para sua cena de morte em La Bohème (1926), Lillian supostamente não comeu e bebeu por três dias antes, fazendo com que o diretor temesse que ele acabaria filmando não apenas a morte da personagem, mas também a morte da sua estrela.

John Gilbert e Lillian Gish em uma cena de La Boheme, de 1926, dirigido por King Vidor.

Enquanto desfrutavam do estrelato nos filmes, Lillian e Dorothy também foram testemunhas oculares do rápido desenvolvimento do cinema na época, aprendendo que maquiagem usar com a iluminação dura do estúdio, vendo como o filme era desenvolvido e editado no laboratório da Biograph e observando os diretores experimentarem novas técnicas. Embora Lillian seja mais conhecida hoje, ambas as irmãs Gish, com sua aparência angelical e frágil, eram muito populares com o público e também foram muito elogiadas pela crítica. Lillian era considerada a maior atriz dramática da tela, enquanto Dorothy ajudou a pavimentar o caminho para os borbulhantes filmes melindrosos dos loucos anos 20.

Em suas vidas privadas, Dorothy era uma garota que gostava de sair à noite pela cidade (geralmente ao lado de sua amiga Constance Talmadge), enquanto Lillian tinha uma devoção bem mais singular ao seu trabalho. Durante a década de 1920, Dorothy fez menos filmes, sendo seu último grande papel no filme mudo Madame Pompadour (1927). Ela acabou voltando aos palcos e teve uma carreira longa e bem sucedida, fazendo aparições ocasionais em filmes ou na televisão. Enquanto Dorothy se casou com o ator James Rennie em 1920 (eles se divorciariam em 1935), Lillian permaneceu solteira, sem filhos, e incansavelmente dedicando-se à atuação. Mais tarde, ela diria: “Desde os nove anos de idade, eu sempre me apaixonava e desapaixonava. Mas o casamento é um trabalho de 24 horas por dia, e sempre estive ocupada demais atuando para ser uma boa esposa.”

Lillian Gish e Dorothy Gish em Orphans of the Storm, de 1921, dirigido por D.W. Griffith.

Lillian e Dorothy Gish em Hearts of The World, de 1918.

Lillian estrelou muitos dos filmes mais aclamados de Griffith, incluindo O Nascimento de uma Nação (The Birth of a Nation, 1915), Intolerância (Intolerance, 1916), Lírio Partido (Broken Blossoms, 1919), Inocente Pecadora (Way Down East, 1920) e Órfãs da Tempestade (Orphans of the Storm, 1921). Ele utilizou seus talentos expressivos ao máximo, transformando-a em uma heroína sofredora, mas forte. Tendo aparecido em mais de 25 curtas e longas-metragens em seus dois primeiros anos como atriz de cinema, Lillian se tornou uma grande estrela, aparecendo em produções luxuosas, frequentemente adaptações de obras literárias além de Way Down East, ela estrelou The White Sister (1923) e Ramola (1924). Nessa época, Lillian Gish se tornou a atriz mais estimada do cinema americano.

Lillian Gish interpretou o papel-título em Romola, adaptação de uma novela de George Eliot e dirigida por Henry King.

Lillian chegou a dirigir sua irmã Dorothy em um filme, Remodeling Her Husband (1920), quando D.W. Griffith disse a ela que achava que a equipe de produção trabalharia mais se o filme fosse feito por uma garota. Gish nunca mais dirigiu, dizendo aos repórteres da época que dirigir era trabalho de homem. O filme agora está perdido.

Na MGM e a estreia nos talkies

Lillian Gish faria a mudança para o prestigiado e agora renomeado estúdio Metro-Goldwyn-Mayer em meados dos anos 1920. Ela relutantemente encerrou seu contrato com Griffith em 1925 para aceitar uma oferta que lhe daria mais controle criativo sobre os filmes em que atuasse. A MGM ofereceu a ela um contrato para seis filmes, pelos quais ela receberia 1 milhão de dólares (equivalente a 15,3 milhões em 2021). Ela recusou esses valores, pedindo um salário mais modesto e uma porcentagem para que o estúdio pudesse usar os fundos para aumentar a qualidade de seus filmes – contratando os melhores atores, realizadores e técnicos.

Três filmes com a MGM deram a ela controle criativo quase total: A Boêmia (La Bohème), A Letra Escarlate (The Scarlet Letter, 1926) e Vento e Areia (The Wind, 1928), o seu último filme mudo, embora tivesse efeitos sonoros que foram considerados revolucionários na época. Os outros filmes que fez para a MGM foram o épico religioso Ben-Hur: A Tale of the Christ (1925), em que aparece, como outras estrelas do estúdio, não creditada, em uma cena de multidão, o drama romântico Annie Laurie (1927) e o melodrama The Enemy (1927). Ao contrário de outras grandes estrelas do cinema mudo que não souberam fazer a transição para o cinema falado, a carreira de Lillian Gish continuou sem problemas. A atriz ainda desfrutava de prestígio, era popular e apreciada pelos críticos, e mesmo Vento e Areia tendo sido um fracasso comercial ao ser lançado em meio ao alvoroço que atingiu Hollywood por ocasião do advento do cinema falado, o filme mais tarde foi reconhecido como uma das obras mais ilustres do período silencioso. Embora não tenha sido um sucesso de bilheteria como seus filmes anteriores, seu trabalho como atriz era mais respeitado artisticamente do que nunca, e a MGM a pressionava com ofertas para aparecer no novo meio de imagens sonoras.

Lillian Gish em uma cena de A Letra Escarlate, de 1926.

Lillian Gish interpretou a heroína escocesa real em Annie Laurie (1927), dirigido por John S Robertson.

Lillian Gish em Vento e Areia, de 1928, dirigido por Victor Sjöström.

As duas principais protagonistas da era do cinema mudo, Lillian Gish e Mary Pickford, fizeram sua fama interpretando jovens meigas, inocentes e sofredoras, mas no início da década de 1930 (após a adoção total do som e antes da aplicação do Código de Produção Cinematográfica que restringiria o uso de temas considerados polêmicos) esses papéis foram percebidos como ultrapassados. Era justamente o oposto daquilo que Lillian Gish e Mary Pickford haviam definido para sua imagem nas telas que estava no auge: o público queria ver suas atrizes preferidas interpretando personagens fortes e sensuais, e o modelo da vamp se tornou o mais popular nos filmes da época. Mary Pickford percebeu isso e tentou reverter sua imagem de boneca “boba e assexuada” estrelando Coquette, um filme com tema mais moderno e adulto envolvendo inclusive um assassinato.

Por sua vez vez, Lillian estava hesitante em mudar seu método de atuação para interpretar personagens que não eram de seu agrado. Louis B. Mayer queria encenar um escândalo (“derrubá-la de seu pedestal”) para angariar a simpatia do público pela atriz, mas Lillian já tinha passado por isso antes em janeiro de 1925 quando seu envolvimento com o produtor Charles Duell se tornou uma espécie de escândalo de tabloide quando ele a processou para evitar que ela atuasse para outros cineastas e tornou públicos os detalhes de seu relacionamento. A atriz preferiu encerrar seu contrato com a MGM em 1928 e retornar aos palcos, a sua grande paixão. A estreia nos talkies viria apenas em 1930, na produção de Joseph M. Schenck, Noite de Idílio (One Romantic Night), adaptação da peça The Swan, de Ferenc Molnár. O filme foi dirigido por Paul L. Stein e distribuído pela United Artists, o estúdio de sua amiga Mary Pickford. No filme, Lillian interpretou a princesa Alexandra, que desperta a paixão em seu tutor, vivido por Conrad Nagel. O filme teve um sucesso moderado, mas a atuação de Lillian foi bastante elogiada.

Nas fotos seguintes, Lillian Gish com Conrad Nagel em Noite de Idílio (One Romantic Night), de 1930, a estreia da atriz nos filmes falados.

A carreira mais longa de uma atriz de cinema

O filme seguinte veio apenas em 1933, a comédia dramática de equívocos Viver Duas Vidas (His Double Life), dirigida pelo empresário teatral da Broadway e diretor de cinema pela primeira vez, Arthur Hopkins, em parceria com William C. DeMille, irmão mais velho de Cecil. Na trama, Lillian interpreta Alice, uma moça que se apaixona por um artista excêntrico quando este passa a usar a identidade de um amigo que acabou de falecer. Apesar de seus dois filmes não terem sido fracassos de bilheteria, Lillian Gish decidiu se afastar das telas. Ela atuou no teatro na maior parte da década de 1930 e início de 1940, aparecendo em papéis tão variados quanto Ophelia na produção de Hamlet, com John Gielgud e Judith Anderson, e no papel de Marguerite em uma tiragem limitada de A Dama das Camélias de Alexandre Dumas.

Nas fotos seguintes, Lillian Gish e Roland Young, em Viver Duas Vidas (His Double Life), de 1933.

Lillian Gish só seria vista nas telas novamente em 1942, no faroeste Os Comandos Atacam de Madrugada (Commandos Strike at Dawn), estrelado por Paul Muni. Lillian recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 1946 por sua atuação como Laura Belle no faroeste Duelo ao Sol (Duel in the Sun). As cenas da doença e morte de sua personagem no final daquele filme pareciam destinadas a evocar a memória de algumas de suas performances no cinema mudo. Ela apareceu no cinema de tempos em tempos pelo resto de sua vida, sendo o drama noir O Mensageiro do Diabo (The Night of the Hunter, 1955), dirigido por Charles Laughton e estrelado por Robert Mitchum, o seu filme mais importante no período.

Em 1949, Lillian Gish fez sua estreia na televisão, participando de episódios das séries de antologias The Ford Theatre Hour e The Philco Television Playhouse, e em 1951 participou de episódios das séries de Celanese Theatre e Robert Montgomery Presents, entre outras. Ao longo dos anos 50 e 60, ela prosseguiu seu trabalho na TV, atuando em poucos filmes, entre eles o drama de guerra britânico Ordem de Matar (Orders to Kill, 1958), o faroeste de John Huston O Passado Não Perdoa (The Unforgiven, 1960), estrelado por Burt Lancaster e Audrey Hepburn, e a produção de Walt Disney, Nunca é Tarde para Amar (Follow Me, Boys!, 1966), o último filme produzido pelo lendário realizador, que faleceu duas semanas depois. Em 1969, Lillian atuou como Martha Brewster na adaptação para a TV da peça Arsenic and Old Lace.

Em 1968, Dorothy Gish sucumbiu à pneumonia brônquica, com Lillian ao lado de sua cama. Ela tinha 70 anos. Lillian viveria por quase mais três décadas e paralelamente à atuação no cinema e TV, e também no teatro, a atriz passou a dedicar-se em seu tempo livre a palestras e a divulgar os filmes do período clássico, especialmente do período silencioso.  Em 1971, Lillian recebeu um Oscar honorário “pela arte superlativa e pela contribuição distinta para o progresso do cinema”. Ao longo da década de 70, atuou em telefilmes e foi vista no cinema na comédia dramática de Robert Altman, A Wedding (1978), ao lado de um grande elenco, que incluía Desi Arnaz, Jr., Carol Burnett, Paul Dooley, Vittorio Gassman, Mia Farrow e Geraldine Chaplin. Nos anos 80, Lillian atuou nos filmes Hambone and Hillie (1983), sobre um cão que se separa de sua proprietária, vivida por Lillian, e Sweet Liberty (1986), comédia escrita, dirigida e estrelada por Alan Alda, Michael Caine e Michelle Pffeifer.

Seu último papel no cinema foi em As Baleias de Agosto (The Whales of August, 1987), aos 93 anos, com Vincent Price, Bette Davis e Ann Sothern, no qual Lillian e Bette estrelaram como duas irmãs idosas no Maine. O desempenho da atriz foi recebido com entusiasmo, ganhando o National Board of Review Award de Melhor Atriz. No festival de Cannes, a atriz foi aplaudida de pé por 10 minutos pelo público. Lillian Gish morreu de insuficiência cardíaca em 27 de fevereiro de 1993, aos 99 anos.

Embora Lillian Gish nunca tenha se casado, sua relação profissional com o diretor D.W. Griffith era tão forte que muitas pessoas próximas a eles acreditavam que eles tinham um relacionamento amoroso, apesar de Lillian sempre referir-se a ele como “Mr. Griffith”. Lillian foi uma das sobreviventes da pandemia de gripe de 1918, tendo contraído a doença durante as filmagens de Broken Blossoms. Suas melhores amigas foram Mary Pickford, que a iniciou no cinema, e Helen Hayes, a Primeira Dama do Teatro Americano. Lillian Gish foi homenageada com uma estrela na Calçada da Fama no 1720 da Vine Street.

Lillian Gish em 1973, aos 80 anos, em seu apartamento em Nova York. Foto: Allan Warren. Fonte: Wikipedia.

Desde a sua estreia em filmes em 1912 até sua última aparição nas telas do cinema em 1987, Lillian Gish atravessou três quartos de século de contribuições e amor à Sétima Arte. Foram 75 anos dedicados ao cinema que fazem da carreira dela a mais longa de uma atriz na história do cinema. Feliz aniversário, Lillian Gish!

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Vento e Areia (1928)
A Letra Escarlate (1926)

Fonte: Classic Movie Hub, Wikipedia.

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