Imagem da Semana: Marilyn Monroe em O Rio das Almas Perdidas (1954)

Marilyn Monroe caminha de muletas com o pé imobilizado após sofrer um acidente durante as filmagens do faroeste O Rio das Almas Perdidas (River of No Return, 1954), dirigido por Otto Preminger. O filme foi lançado nos cinemas no dia de hoje, 30 de abril, em 1954.

Rodado em locações no Canadá e no estado americano de Idaho (local onde se passa a história), o filme foi produzido pela 20th Century Fox. As filmagens foram marcadas pelas desavenças entre o diretor Otto Preminger e a estrela Marilyn Monroe por conta da insistência da atriz em manter sua treinadora de atuação, Natasha Lytess, no set de filmagem o tempo todo. Por sugestão dela, Marilyn atuava com um sotaque carregado que irritou Preminger a ponto de ele telefonar para o produtor Stanley Rubin em Los Angeles, pedindo que Lytess fosse proibida de pisar no set. Ao saber da proibição, Marilyn ligou para o chefe do estúdio, Darryl F. Zanuck, e ameaçou deixar a produção caso Lytess não fosse readmitida no set. Sem escolha, Zanuck readmitiu Lytess. Irritado com a decisão, Preminger dirigiu sua raiva contra Marilyn pelo resto da produção e durante muito tempo se referiu com amargura sobre a experiência de ter trabalhado com ela. Somente décadas depois, em 1980, durante uma entrevista, Preminger mudou o tom e admitiu: “Ela se esforçou muito e, quando as pessoas se esforçam, você não pode ficar bravo com elas”.

Marilyn em uma cena do filme, como Kay, a cantora de um salão de dança que é encarregada de cuidar do filho pequeno de um condenado que é finalmente libertado da prisão.

Marilyn em uma foto publicitária para O Rio das Almas Perdidas, de 1954.

Marilyn Monroe com Robert Mitchum e o ator-mirim Tommy Rettig em O Rio das Almas Perdidas.

Durante as difíceis filmagens, Preminger também teve que enfrentar chuvas frequentes, o consumo excessivo de álcool do astro Robert Mitchum e uma lesão no tornozelo de Marilyn que a manteve fora do set por vários dias e, finalmente, acabou por fazê-la imobilizar a perna. Durante a filmagem de uma cena à beira do rio, a atriz escorregou em uma pedra e caiu no rio, e ela quase se afogou quando suas roupas se encheram de água e com o peso ela não conseguia retornar à superfície. Mitchum e outros membros da equipe pularam no rio para salvá-la. Ao final das filmagens, o filme ainda sofreu na montagem, com Preminger abandonando a pós-produção para viajar para a Europa. Insatisfeito com todo o processo de produção, o diretor pagou US$ 150 mil de multa rescisória de seu contrato com a Fox e jurou que não trabalharia novamente como funcionário de um estúdio de cinema. O editor Louis R. Loeffler e o produtor Rubin se encarregaram de completar o filme, com Jean Negulesco sendo chamado para filmar algumas retomadas. Mais tarde, Marilyn afirmou que considerava O Rio das Almas Perdidas o seu pior filme.

IMDb: https://www.imdb.com/title/tt0047422/.

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